A protonterapia é uma tecnologia avançada de radioterapia que utiliza prótons para destruir células cancerígenas com precisão, minimizando danos aos tecidos saudáveis e efeitos colaterais. Países como Estados Unidos, Espanha e Argentina já adotaram essa modalidade, transformando a oncologia. No entanto, o Brasil ainda não possui centros de protonterapia. A implementação dessa tecnologia enfrenta desafios significativos, como o alto custo inicial e a complexidade tecnológica.
No Brasil, a iniciativa mais avançada é o projeto da Fundação Educacional Severino Sombra (FUSVE) em Maricá, RJ, em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) e o Centro de Protons da Quirónsalud em Madrid. O município fluminense está finalizando os trâmites contratuais e financeiros para construir um hospital que vai tratar pacientes com câncer com os feixes de prótons. Um ponto interessante é que um podcast produzido pela Tractebel, em 2023, foi apontado pela administração pública de Maricá como o grande incentivador dessa iniciativa, que deve ser primeiro centro de protonterapia do país.
A nova terapia pode reduzir custos futuros do tratamento de câncer, especialmente em casos pediátricos, prevenindo sequelas físicas e cognitivas. A experiência internacional demonstra que o alto investimento inicial é compensado pela economia a longo prazo, resultando em melhorias significativas na qualidade de vida dos pacientes atendidos pelo SUS.